28 de set. de 2011
“Eu não sou um vilão, apenas sou incompreendido!” |
Heróis são tão grandes quanto seus vilões. O que seria de Luke Skywalker sem Darth Vader? Ou de Superman sem Lex Luthor? Os malvadões testam os limites dos mocinhos e acabam, de alguma forma, definindo a intensidade de suas jornadas.
Nos games, a coisa não é muito diferente. Vilões podem até ofuscar heróis em popularidade e acabam motivando os jogadores a prosseguir pelas fases, enfrentando suas hordas de capangas e armadilhas mortais.
Então reviramos os Games ! e trouxemos os melhores Vilões ! para vocês.
Blinky,Clyde,Inky ,Pink | Pac-Man | Namco | 1980 | Arcades |
Espectros perseguindo um carismático glutão por corredores estreitos e escuros, motivados por uma inexplicável e macabra determinação. Não é um novo game de horror da Capcom ou a trama do novo filme dos Caça-Fantasmas, mas sim a trupe de vilões de um dos maiores clássicos dos games, Pac-Man.
Os fantasminhas coloridos que perseguem Pac-Man não tem, aparentemente, nenhuma motivação e apenas uma fraqueza, ao menos temporária, nas grandes pastilhas encontradas em pontos estratégicos dos labirintos. O pouco que se sabe sobre estas aparições sobrenaturais e seu poder quase absoluto sobre o herói do game apenas servem para ampliar a ameaça que eles representam.
Quando um estúdio quer vilões humanos realistas, mas não quer se preocupar com possíveis polêmicas acerca da violência contra os inimigos, muito provavelmente vai sair um game ambientado na Segunda Guerra Mundial do forno.
Os nazistas são apostas seguras, vilões históricos, que nenhuma pessoa de posse de razão seria capaz de defender. Eles são humanos desprovidos de humanidade, inteligentes, mas capazes de atos de brutalidade indescritível e eternamente odiados por seus crimes de guerra. Games como Wolfenstein levam a batalha até Adolf Hitler em pessoa (usando duas metralhadoras giratórias), mas, em geral, o jogador precisa se contentar com seus subalternos. E é mais que o suficiente.
O clássico arcade Donkey Kong, de 1981, é o debute de Mario – na época, conhecido como Jumpman -, mas o personagem que nomeia o game é o gorila Donkey Kong, que foi reformado, engravatado e transformado em herói nas mãos da Rare, anos depois.
Kong sequestra Pauline, a namorada do personagem principal, e a leva para o alto de uma torre. O macacão é também um dos primeiros vilões ambíguos da história dos games: suas ações são motivadas pelos maus tratos que sofre nas mãos de Jumpman. Quem diria que um game tão simples teria implicações tão profundas em sua trama pueril?
Sephiroth | Final Fantasy VII | Square | 1997 | PlayStation |
Sephiroth protagoniza uma das cenas mais marcantes da história dos games ao empalar, com sua gigantesca espada, a mocinha do game, Aeris. A cena, mostrada em gloriosos gráficos em CG, está tatuada na mente dos fãs do game e mostra toda a maldade do vilão, além do perigo que ele representa. Um momento clássico, de um vilão clássico
Andrew Ryan é um homem de ideais fortes, talvez mais fortes que sua moralidade. Como uma alternativa aos “parasitas” do homem livre, como os governos totalitários e as religiões, Ryan criou no fundo do oceano sua utopia, Rapture, fundada nos ideais do livre comércio e da indústria.
Ryan acredita que Jack, o protagonista de “BioShock”, é um agente infiltrado pela CIA ou pela KGB para destruir Rapture. Preso em sua obsessão, Ryan parece não notar que seu sonho foi, com o perdão do trocadilho, por água abaixo e se dedica a tentar matar Jack. Um personagem complexo, controverso e até mesmo carismático em diversos momentos, Ryan é um dos vilões mais intrincados já criados em um jogo de videogame.
Darth Revan | Knights of the Old Republic | BioWare | 2003 | Xbox, PCUm dos principais vilões de “Star Wars: Knights of the Old Republic” é Darth Malak, uma cópia meio descarada de Darth Vader – com problemas respiratórios e tudo – que cumpre seu papel ameaçador, mas não conseguiria entrar na lista. O verdadeiro vilão, no entanto, é Darth Revan, mestre de Malak e de todos os Sith.
Durante toda a campanha, o jogador, que controla um personagem desmemoriado, mas surpreendentemente apto com a Força, fica à caça do desaparecido Lord Sith, até que, lá pelas tantas, recebe a revelação como um soco na cara: o jogador controla Darth Revan, desmemoriado, com a opção de voltar para o caminho das trevas ou perseguir o caminho da luz.
Muitos games criam vilões com relações íntimas com o protagonista, mas “KOTOR” conseguiu, de forma brilhante, colocar os dois personagens em um só, deixando o jogador decidir o rumo da saga.
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